Sabe
aquele jardim que você tem em casa? Pois é, mora uma joaninha bem diferente,
ela mora sozinha, não tinha parentes. As suas roupinhas eram estranhas, não
tinhas bolinhas como as de joaninha, ela se chama Aninha.
Todos
os dias Aninha saia para colher flores para estocar o néctar em casa, e todas
as vezes que ela vinha da colheita, outras joaninhas começavam a pedir um pouco
do que ela colheu, e ela sempre de bom coração, dava. Acontece que as outras
joaninhas eram umas preguiçosas, andavam sempre de roupinhas novas, suas
bolinhas estavam sempre lustrosas, e coitadinha da Aninha, sempre com a mesma
roupinha.
Toda vez era assim, quando viam Aninha, começavam a pedir. E mais uma
vez Aninha tirava do pouco que colhia e dividia com as preguiçosas do jardim.
Um
dia desses qualquer, estava ventando muito, e todos os insetos procuraram se
proteger, porque não havia asas que pudessem resistir a tanta ventania. E no
meio desse turbilhão, lá vinha Aninha com sua cestinha na mão. O vento não parava,
e soprava forte. Aninha coitada, não conseguia se equilibrar, suas roupas eram
tão velhas, suas asinhas tão murchas, que no vento ela não conseguia cortar. E meio
que de repente, num só solavanco, um sopro cruel levou Aninha ao chão, e ela se
esborrachou, era flor pra todo lado, as asinhas pareciam antenas velhas de TV,
toda retorcida. Ela chorou de dor e vergonha, porque todos os insetos viram ela
tombar, e foi risos pra todo lado, mais isso já se podia esperar. E pra nossa
grande surpresa as joaninhas preguiçosas riram muito e nem vieram ajudar, como
pode tal atitude? elas eram tão metidas, que por vergonha, fingiam não conhecer
Aninha, por ela ter roupas velhas sem nenhuma bolinha.
Mais que de repente, não se sabe de onde, apareceu um besouro com título
de conde; pegou Aninha com suas patinhas, colocou em seu casco e a levou pra
bem longe.
Dizem que o besouro com título de conde mora em arvore encantada,
cercada de flores e muitos soldados, e lá não falta néctar pra ninguém.
Bom, acho que o final dessa história você já sabe.
Robert Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário